Revoluão
"A diferença entre democracia e ditadura é que na democracia se pode votar antes de obedecer às ordens." (Charles Bukowski)
OUTUBRO, 2011
DITADURA MILITAR NO BRASIL
CENTRO EDUCACIONAL LA SALLE
4 O governo de João Goulart estava marcado por uma intensa crise política. Enquanto as classes conservadoras temiam um possível golpe comunista, os setores populares estavam favoráveis às propostas indicadas. Por isso, em abril de 1964, o então presidente deixou Brasília e foi deposto (imagem a baixo) e substituído por Ranieri Mazzilli, que assumiu a presidência de maneira interina. Entretanto, quem de fato possuía o controle político do país eram as Forças Armadas, através de um golpe militar que se baseava no autoritarismo e tinha como principais objetivos: restabelecer a ordem social, incentivar o crescimento econômico e evitar o avanço da corrupção e do comunismo. Assim iniciou-se o período da Ditadura Militar brasileira, que de 1964 a 1985, contou com a presença de três generais e dois marechais na presidência da República. Foram criados Atos Institucionais, por meio dos quais os militares restringiram as liberdades democráticas da população brasileira e puniram aqueles que se opuseram à situação. O modelo econômico durante esse período foi baseado na aliança entre a burocracia técnica militar e os grandes empresários nacionais e estrangeiros. O Ato Institucional n.1 foi decretado em 9 de abril de 1964, modificando a Constituição em vigor e atribuindo ao Executivo federal o direito de: suspender direitos políticos dos cidadãos, cassar mandatos de parlamentares, decretar estado de sítio sem a permissão do Congresso e efetuar outras alterações na Constituição.
1.1. GOVERNO DE CASTELO BRANCO (1964-1967) Em 11 de abril de 1964, o Congresso Nacional foi pressionado a ratificar a indicação do comando militar e elegeu o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (imagem ao lado) para presidente, cuja posse ocorreu em 15 de