Revolucao de 30'

10465 palavras 42 páginas
Centro de Ensino Superior do Seridó – Campus de Caicó.
Publicação do Departamento de História e Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
V. 03. N. 06, out./nov. de 2002 – Semestral
ISSN ‐1518‐3394
Disponível em www.cerescaico.ufrn.br/mneme

Os Terços de Homens Pardos e Pretos Libertos: mobilidade social via postos militares nas Minas do século XVIII i.
Francis Albert Cotta francis.cotta@bol.com.br Doutorando em História pela FAFICH/UFMG.
Professor no Instituto de Educação de Segurança Pública de Minas Gerais

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Centro de Ensino Superior do Seridó – Campus de Caicó.
Publicação do Departamento de História e Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
V. 03. N. 06, out./nov. de 2002 – Semestral
ISSN ‐1518‐3394
Disponível em www.cerescaico.ufrn.br/mneme

Resumo: lança o olhar para a possibilidade da escrita de uma história que procure resgatar as estratégias cotidianas desenvolvidas por pardos e negros libertos nas Minas Gerais do século XVIII, ao se inserirem voluntariamente nas tropas auxiliares e irregulares. Desta forma, procura desconstruir a idéia de que estes homens foram apenas utilizados pela Coroa Portuguesa e pelos poderosos locais.
Introdução
O mundo dinâmico, diversificado e, sobretudo, complexo das Minas do setecentos tem como uma de suas facetas menos conhecidas a organização militar. Ao percorrer a documentação do século XVIII, o historiador se depara com um mestre-de-campo pardo, um capitão-mor, um sargento-mor pardo, um capitão de companhia crioulo, um furriel branco, um alferes pardo liberto, um cabo-de-esquadra branco e um anspessada branco. Abre outro códice e verá as cavalarias de nobreza, os dragões, as milícias, os terços, os auxiliares, as ordenanças e, vez ou outra, referência a uma tropa irregular composta por
“paisanos armados”. Diante desta multiplicidade, seria possível desconstruir a multifacetada organização militar de Minas Gerais, a fim de entender sua lógica
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