Revolta Dos N Meros
Chovia muito e os números no caderno de Matemática de Júlia estavam cansados de ficar trancados na gaveta. Faz uma semana que ela não vai à escola porque está com gripe.
- Puxa, já não aguento mais! – reclama o 1. – Viver sempre na frente, puxando a fila como soldado, todo mundo me seguindo, um atrás do outro...
- Também não quero continuar a segundo, sempre atrás de você. Quero ao menos uma vez, ser o primeiro. – diz o 2.
- Ué, bem que vocês estão com razão! Quem sabe se é por isso que ano nervoso... Cinco, sempre cinco, com esse bumbum tão grande. Acho bonito o 4, parece uma cadeira de pernas pro ar... Até parece artista de circo. - Sabem o que mais? Pois vamos fazer uma revolução – propõe o 3. - Será que dá certo? – pergunta o 0, que estava ali perto, dormindo todo enroladinho.
- Se der, deu; se não deu! Cada um que faca como quiser.
- Independência ou morte! – gritou o 8, tão gordinho, sempre espremido entre 7 e a carona do 9. - Mas... - ia falando outra vez o 0.
Quero ver o 0 ficar bravo é dizer que ele não é número, e o 1 tem muita implicância com ele
- Está bem, nada de brigas, cada um faca como achar melhor.
Não foi nada preciso segundo aviso: cada número saiu de seu lugar e foi conversar com os outros companheiros que viviam distantes.
- Nós somos meio parecidos, só que você tem nariz mais comprido que o meu .- É mesmo, eu já havia notado isso, mais a gente mal tem tempo pra conversar, é só trabalhar.
O 9 brincou com o 6. - Como vai você, meu gêmeo de perna pra cima? - Oi! Então você não sabe que eu sou de circo?
A brincadeira estava tão animada e gostosa que não notaram as horas passarem. Como a tarde estivesse bonita, quente,Júlia, bem melhor, levantou-se e foi fazer as licões.