revolta da vacina
REG
EL'\ EPENI JENCIA:
DA I sobre as relações entre saúde ção do Estado pública e cons rasil1910-1930 Gilberto Hochman
I
objetivo deste trabalho é anali sar as relações entre a saúde pública e o processo de formação do
Estado no Brasil na Primeira Repúbli ca. As interpretações mais gerais que orientam este texto são, primeiro, a de que a República Velha não foi um in terregno no processo de formação do
Estado brasileiro entre o Império e o período pós-1930, e nem este Estado já estava formado no final do Império; segundo, a de que a dominação oligár quica que caracterizou o primeiro pe ríodo republicano não foi nem obstru tora nem incompatível, muito pelo eon-
trário, com um crescente processo de centralização e intervenção estatal
(Reis, 1989 e 1991). Considera-se, as sim, que o processo de state-building não é um evento discreto no tempo e não tem um ponto de chegada e nem uma direção única (idem, 1991). De fato, a capacidade reguladora da União sobre o campo da saúde expandiu-se de maneira considerável especialmente na década de 1920, legando ao período varguista uma estrutura administrati va com um poder ampliado de inter venção sobre a saúde pública que não sofreu alterações significativas justo num momento em que a centralização e a expansão do Estado se davam de maneira inédita na história brasileira.
Nota:. Este artigo é o re8ultndo parcial de uma pesquisa mais extenso que desenvolvo na Cnsn de
Oswaldo Cruz e porte do minha lese de doutorndo em ciência política a ser aptc6cntada ao IUPERJ.
Agradeço n Elisa Pereira Reis, Mario Regina SOOretl de Limn e Renato Boschi por seus comentários e
8ugcslÕe6. Sou, contudo.
O
único re6poll8óvel por qlUlisqucr equívOC06 ou omissões.
E8tudos lJi8tórico8, Rio de Janeiro, vol.6, n. 1 t. 1993. p. 40-61.
REGU!.AN1lO os EFEITOS DA INTERDEPENDÊNCIA
Uma hipótese mais especifica é a de que na Primeira República as políticas
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