Revolta da vacina - resumido
Antecedentes e Situação Política da época
Rodrigues Alves assumiu a presidência da República em 1902, no Rio de Janeiro, sob um clima de desconfiança e com um programa de governo que consistia basicamente de dois pontos: modernizar o porto e remodelar a cidade. O Rio precisava mudar, era preciso criar uma nova capital, que atendesse às necessidades do capital internacional e dos valores burgueses ascendentes. Esse novo espaço urbano excluía tudo aquilo que não pudesse mais viver com a modernidade, com aquilo que lembrasse a ideia de um país atrasado. Visava dar novos ares a capital da República, um estilo de vida mais europeu, tendo como espelho a capital francesa, Paris. Isso exigia atacar o maior mal da capital: doenças como peste bubônica, febre amarela e varíola. Decidido a sanear e modernizar a cidade, o então presidente da República Rodrigues Alves (1902-1906) deu plenos poderes ao prefeito Pereira Passos e ao médico Dr. Oswaldo Cruz para executarem um grande projeto sanitário.
Pereira Passos, estabelece seu plano e dando início ao “bota-abaixo”, começa a realizar as obras de embelezamento e saneamento da cidade. Com as obras de demolição, vários prédios que serviam de moradia às populações pobres, foram destruídos. De fato com o alargamento das ruas centrais e a inauguração de novas vias de comunicação, ocorreu a destruição de inúmeros cortiços, que eram entendidos como sínteses da insalubridade e da violência, espaço da barbárie.
Pereira Passos ao eliminar as contradições do espaço urbano carioca gerava novas contradições. Com a destruição de inúmeros cortiços, a única alternativa, para uma população pobre que precisava morar próximo ao local de trabalho foi à favela. Os morros do centro, até então poucos habitados, passam rapidamente a serem habitados dando origem a algumas atuais comunidades carentes.
A Revolta Popular
Oswaldo Cruz, convidado a assumir a Direção Geral da Saúde Pública, criou as Brigadas Mata