Manifestações , violência
Manifestações e violências
A sociedade brasileira ainda está sob o impacto da morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Rede TV Bandeirante. Numa sistemática onda de manifestações populares recentes acontecendo desde junho/2013, a passeata pelas ruas cariocas com o grupo contrário ao aumento das passagens de ônibus no Rio de Janeiro, possivelmente se constituía em mais um protesto como tantos outros, como reação a ações tendentes a ampliar os custos de vida de quem utiliza esse meio de transporte, na verdade, a maioria dos/as trabalhadores/as. Manifestação pacífica não existe, haja vista que o próprio emblema do protesto já define uma forma reativa de pleitear direitos, por suposto, negados pelo tipo de sistema econômico assumido pelo país, no caso, o capitalista.
Mas se de qualquer forma essa passeata carioca se expressava como uma tática de aglomerar pessoas e criar entraves à circulação do trânsito para chegar ao lócus e às lideranças políticas onde se dariam os pleitos, possivelmente a Assembleia Legislativa ou o Palácio do Governo, não foi esse o resultado: com um artefato tipo rojão acesso e jogado em meio à multidão, este fatalmente atingiria uma pessoa. E foi isso o que ocorreu sendo a vítima um trabalhador de TV que captava imagens da manifestação para a sua empresa.
Do protesto com tática agressiva estabeleceram-se argumentações que refletem a aversão de uma parte significativa do povo brasileiro contra esse tipo de ação violenta. Não incluí “todos” os/as brasileiros/as porque essa ideologia do acirramento da violência para eliminar o Estado e as empresas privadas, símbolos do capitalismo é circulante e assumida por alguns que se inscrevem entre os que creem que somente dessa forma esse sistema será extinto, adotando o idealismo do século XVII. Implica em avaliar que as instituições criadas para a garantia do funcionamento desse processo tendem a não responder mais, seja na condução da economia, seja