revolta da chibata
Na ocasião rebelaram-se cerca de 2400 marinheiros contra a aplicação de castigos físicos a eles impostos (as faltas graves eram punidas com 25 chibatadas), ameaçando bombardear a cidade do Rio de Janeiro. Durante o primeiro dia do motim foram mortos marinheiros infiéis ao movimento e cinco oficiais que se recusaram a sair de bordo, entre eles o comandante do Encouraçado Minas Geraes, João Batista das Neves. Duas semanas depois de os rebeldes terem se rendido e terem desarmado os navios.
Diante da grave situação, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar o ultimato dos revoltosos . Duas semanas depois de os rebeldes terem se rendido e terem desarmado os navios, o presidente solicitou a expulsão de alguns revoltosos. A insatisfação retornou e, no começo de dezembro, os marinheiros fizeram outra revolta na Ilha das Cobras. Esta "segunda revolta" desencadeou uma série de mortes de marinheiros indefesos, ilhados, detidos em navios e em masmorras. O líder da revolta João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta. Mas os castigos corporais foram para sempre eliminados do nossa marinha.
Podemos considerar a Revolta da Chibata como mais uma manifestação de insatisfação ocorrida no início da República. Não havia negociação ou busca de soluções com entendimento. O governo quase sempre usou a força das armas para colocar fim às revoltas, greves e outras manifestações populares.