Revista Fon-Fon
A revista foi a Fon-fon foi criada em 13 de abril de 1907. O nome da revista era uma onomatopeia do som produzido pelas buzinas dos carros, mostrando a modernidade contida naquelas páginas. Porém a edição analisada era do ano de 1915.
A Fon-Fon não era uma revista, que como algumas da época, tratava as mulheres como se fossem apenas objeto do marido e, pelo contrário, se preocupava em deixar as leitoras informadas também sobre assuntos de importância mundial.
A Fon-Fon contava com muitas imagens, sendo elas gravuras, fotos ou desenhos. Eram muito valorizados na época, considerados muito importantes para o entendimento do conteúdo e estavam presentes em quase todas as páginas, ilustrando os poemas, curiosidades e notícias.
A publicidade era sobre os mais variados produtos e serviços, tais como cerveja, bijuteria, artigos de “toilette”, pastilhas para aumentar o apetite, excursões, salões de beleza, tônicos, e vários outros. Grande parte destes anúncios eram localizados logo após a matéria central, e o resto ao longo da revista nos rodapés de algumas páginas e algumas ocupando a página inteira já no final dela.
É interessante observar a ortografia da época, pois esta se mostra bem diferente da dos dias de hoje. Nota-se o uso de “th” (thesouro), “ff” (officinas), “c” (actual), “ph” (photographia), “mm” (immensas), “ll” (collosal), dentre outras grafias, tais como “hypotheses”, “emfrente” e “vossemecês”.
O humor tinha grande espaço na revista e ficava por conta das anedotas, das charges e das caricaturas, geralmente irônicas e sarcásticas para denunciar o que acontecia no Brasil e fora dele.
A Fon-Fon possuía correspondestes em várias partes país como Petrópolis, Fortaleza e Minas Gerais, estes fotografavam curiosidades, pessoas, e fatos importantes para serem veiculados.
A literatura aparecia na revista por meio das recomendações de livros, além de poemas e textos literários.