Condição Feminina no Brasil
O alvorecer do século XX trouxe consigo uma ânsia de mudança perante as constituições basilares da sociedade mundial que outrora vivia sobre os costumes ditados no século XIX. Porém o século passado foi palco de acontecimentos históricos que transformaram o cenário mundial – As duas grandes guerras, por exemplo – por isso que Hobsbawm o designou como o Breve Século XX2 e, Marilza Bertassoni Alves Mestre escreve em sua tese que “ele também foi um século de conquistas e de grande visibilidade 3.”
Essas conquistas citadas pela autora referem-se ao início do Movimento Feminista que havia ocorrido em meados do século XIX em países da Europa. Porém antes de adentrarmos ao contexto que está sendo abordado nesse trabalho, devemos compreender como viviam as mulheres antes de surgirem as manifestações em prol dos direitos femininos.
No final do século XIX e início do XX as mulheres eram:
Transmissoras de cultura, dentro de seus lares, perpetuavam regras morais e sociais. Ditavam a moda, controlavam o orçamento doméstico e muitas até controlavam, por manipulação, o comportamento de maridos e filhos; algumas – poucas – conseguiam, sutilmente, influenciar decisões políticas e assuntos públicos 4.
Com isso, logo podemos perceber que na maioria das vezes as únicas funções do gênero feminino eram de ser boas consortes e exercer total controle sobre as situações do cotidiano de sua família. Porém essa subserviência perante o lar começou a entrar em declínio, pois à medida que o século XX ia adentrando, juntamente com ele vinham às mudanças socioeconômicas que ajudaram a acentuar a diferença entre os gêneros e a condição que se encontrava a mulher.
As mulheres começaram a ganhar notoriedade. Por mais que fosse num curto espaço de tempo, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), pois segundo Marilza Bertassoni Alves Mestre que citando em sua tese Corbin5 nos apresenta que: