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DESCRIÇÃO DA REVISTA:
Editada pelos intelectuais Gonzaga Duque, Mario Pederneiras e Lima Campos, a Fon-Fon! surgiu no Rio no ano de 1907 e circulou até 1958. O Rio de Janeiro era o centro de uma modernidade que irradiava novidades para todo o Brasil, registrada nos textos irreverentes e bem-humorados da revista e nas ilustrações de J.Carlos, Raul Pederneiras e K.Lixto, que os acompanhavam. Seus idealizadores eram simbolistas na contra-mão do positivismo, que marcava a cultura brasileira da época. Discutiam a condição humana e se dedicavam a pesquisar novas linguagens artísticas. Álvaro Moreira, um dos seus colaboradores, escrevia suas crônicas em versos que contavam os novos costumes e a vida nos cafés cariocas. Di Cavalcanti também marcou sua presença na Fon-Fon!, criando capas que marcaram época. Sem esquecer o envolvimento da revista em campanhas como a das “sufragistas”, que defendiam o voto feminino.

DESENVOLVIMENTO DO TEMA:
Em maio de 1914, a revista esteve na campanha das “sufragistas” que, faziam a apologia do voto feminino no Brasil. Uma mídia, avançada para aqueles tempos de machismo e de preconceitos sexuais. Percebe-se na imagem que existem seis tipos de mulheres diferentes, de diferentes classes sociais, que representam todas as mulheres unidas pela mesma causa, bem no canto da imagem tem um homenzinho correndo fugindo do poder que essas mulheres querem conquistar. Atrás da imagem principal nota-se mais um monte de personagens mulheres lutando pela mesma causa, como se fosse um manifesto, e levando o cartaz com o nome da revista FONFON, sinal que a revista também adere a causa das “suffragistas”, que significa: mulher que reivindica, para seu sexo, o direito do voto, nos países em que o mesmo não lhes foi ainda concedido.
O movimento sufragista começou em diversas campanhas realizadas a partir de meados do século XIX para garantir às mulheres da Inglaterra e dos Estados Unidos algo inédito para elas: o sufrágio, direito de votar em eleições