Revisao HIV
Em 1981 foram identificados os primeiros casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS), quando foi percebido um conjunto raro de sintomas entre um grupo pequeno de homens homossexuais nos Estados Unidos (BRENNAN & DURACK, 1981; GOTTLIEB et al., 1981). Foi verificado o surgimento de diversos casos de Sarcoma de Kaposi e Pneumonia por Pneumocistis jiroveci (antes chamada de Pneunocistis carinii), patologias ja conhecidas, mas que até o momento apresentavam aspectos específicos (GOTTLIEB et al., 1981). Foram descritos casos de AIDS em outros grupos posteriormente, inclusive hemofílicos e os usuários de drogas intravenosas (MASUR et al., 1981; CDC, 1982; DAVIS et al., 1983). Após isso, casos de crianças, mulheres parceiras sexuais de homens com AIDS foram notificados, deixando clara a ideia que se tratava de uma doença infecciosa, provavelmente de etiologia viral (PIMENTEL, 2008).
Em 1983, seu agente causador foi isolado por pesquisadores dos Estados Unidos e da França a partir de biopsias ganglionares de um paciente em estágio pré-AIDS (BARRÉ SINOUSSI et al., 1983). Síndrome linfadenopática (LAS) e complexo relacionado com a AIDS (ARC), expressos especialmente por meio de aumento de volume de linfonodos, diarreia, cansaço, febre e emagrecimento, por exemplo, compõem situações habitualmente interpretadas como pré-AIDS (AMATO, V.N., 2006). Tratava-se do vírus da imunodeficiência humana (HIV) que foi inicialmente chamado de vírus associado à linfoadenopatia (BARRÉ SINOUSSI et al., 1983; KLATZMAN et al.; 1984) e, em seguida de vírus humano T-linfotrópico – III (GALLO; SLISKI; WONG-STAAL, 1983) ou retrovírus associado à AIDS (LEVY et al.,1984). Somente na Conferência de Paris em 1986 que o vírus foi, enfim, denominado HIV (COFFIN et al., 1986).
Os primeiros casos de AIDS no Brasil foram observados em 1982, foram notificados 3 casos no Rio de Janeiro e 8 em São Paulo. A região Sudeste é vista como o possível epicentro da epidemia, e a partir