Ansiedade em gestantes HIV
Considerado a pandemia da atualidade, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) é uma doença infecciosa causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que gera uma perda progressiva da imunidade resultando em infecções graves (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004c), tendo se configurado como um dos mais sérios problemas de saúde pública, com grande tendência de crescimento e propagação. Neste contexto, a Organização Mundial de Saúde (OMS), afirma que o Brasil está entre os países com epidemia concentrada de Aids onde seu quadro epidemiológico, a forma de transmissão e o perfil dos infectados vem sofrendo mudanças nos últimos anos. Dentre elas, podemos verificar a alteração na proporção entre homens e mulheres atingidos pelo vírus. A maioria dos casos notificados continua sendo de homens, entretanto, os valores se aproximam nos últimos anos. A razão homem/mulher que era 15,1 em 1986 atinge 1,5 em 2005, ou seja, é inferior a dois casos masculinos para cada caso feminino (BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO DST/AIDS, 2007). Em reflexo, o estudo proposto foi selecionado devido ao contato dos componentes do grupo no decorrer das observações do campo de estágio e durante a prática, onde se notou a ocorrência de altos índices de gestantes/puérperas portadoras do vírus HIV. É necessário ressaltar que a maioria dos casos de transmissão vertical do HIV (cerca de 65%) acontece durante o trabalho de parto e no parto propriamente dito, e os 35% restantes ocorrem intra-útero, e nas últimas semanas de gestação. O aleitamento materno representa risco adicional de transmissão de 7% a 22% (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Dito isso, a singularidade da proposta se deve ao fato de que o tema é relevante e que, até o momento, foram realizados poucos estudos específicos que abordassem os aspectos emocionais vivenciados por gestantes/puérperas HIV positivo, em especial a respeito do impacto da profilaxia para prevenção da transmissão vertical sobre a experiência da gestação e