REVIS O BIBLIOGR FICA
Karoll-Anne Silva e Souza
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
É notório que a questão “reforma agrária” trás consigo muitas contradições, uma vez que, quem luta por essa tão sonhada reforma são os menos privilegiados, ou economicamente desfavorecidos.
Onofre e Suzuki, em seu artigo “Reflexões sobre a Reforma agrária” (2008), vem trazendo essa discussão mostrando a estruturação fundiária e suas contradições, tendo como objetivo demonstrar por meio da citação de fatos a necessidade da luta pela reforma agrária.
Num segundo momento, os autores fazem menção de como a luta pela terra vem acontecendo no Brasil, mostrando a importância dos movimentos sociais. Mais adiante mostram ainda como se deu o surgimento dos movimentos sociais no Brasil.
Os conflitos agrários no Brasil surgem após a promulgação da Lei de Terras de 1850, que, segundo Onofre e Suzuki (2008), se admitem em três marcos: O primeiro inicia-se em 1850 e vai ate 1940, considerada como momento de conflitos de caráter messiânico, o segundo marco compreendido no período de 1940 á 1960 é definido como “letras radiais localizadas”, e o terceiro marco se da após a década de 1970,quando começaram a ser organizadas as primeiras ocupações de terra de maneira politicamente pensada.
O primeiro marco, nomeado “Messiânico”, ganhou esse nome porque essas lutas eram coordenadas por líderes religiosos, ligados ao catolicismo popular. Sendo um dos mais importantes ocorrido entre 1870 e 1897, chamado de Movimento de Canudos (BA), liderado por Antônio Conselheiro. Outro movimento dessa fase é o Contestado (SC), que durou de 1912 à 1916, liderado pelo monge José Maria. E por ultimo, o movimento ocorrido no Nordeste brasileiro (1917-1938), liderado por Lampião1.
No segundo marco as lutas deixam de ser de cunho messiânico e passam a ter cunho social e político. Definido como “Lutas Radicais Localizadas”, iniciaram-se em Pernambuco, sob a assinatura do Partido Comunista, tornando