Retórica imagética dao golpe de 1964
Tradição e Retórica Imagética: a construção da propaganda visual oposicionista no levante de 1932 em São Paulo
Tradition and rhetorical image: a building of opposition visual advertising in São
Paulo 1932 Revolt.
João Paulo RODRIGUES*
Resumo: Esgotando-se o tempo de vida das testemunhas do levante de 1932 o dever de memória respeitante a ele segue candente. Com efeito, a intensidade deste movimento perpassa, também, a historiografia, que aparece cindida em posições mais críticas ou aclamativas, reproduzindo, de certo modo, as polêmicas nascidas no próprio confronto. Em boa medida, por conseguinte, conhecer melhor a “Revolução Constitucionalista” implica exumar as leituras que os insurrectos faziam da realidade vivida e as representações de que lançavam mão, com vistas a vencer as correlações de forças que os acometiam. Essas preocupações são abordadas neste artigo, que o faz, no entanto, sob o prisma alvissareiro das imagens e da produção cultural vinculada à propaganda proselitista. São elas que trazem à tona a retórica constitucionalista, eivada por teores regionalistas, sustentada por redes de relações sociais e, dadas às sutilezas, imiscuídas profundamente na memória histórica.
Palavras-chave: Propaganda constitucionalista. Imagens. Levante de 1932.
Abstract: As the last remaining witnesses of the 1932 Revolt pass away, their memories remain aglow. Indeed, the intensity of this movement expresses itself in the historiography where we find critical and favorable positions reproducing controversies born out of the confrontation itself. To comprehend the “Constitutionalist Revolution” better means to resurrect the readings and representations of the rebels themselves, overcoming the forces attacking them. These concerns are approached in this article by analyzing the images and the cultural production linked to proselytizing propaganda. They reveal the constitutionalist rhetoric infected by regionalist tenets,