filme
Cinema e vídeo
Prof. Robertson Mayrink: publicitário, jornalista, pós-graduado em Língua Portuguesa, mestre em Cinema pela UFMG. Professor de Cinema e Criação Publicitária. Coordenador do curso de Publicidade e Propaganda da PUC Minas. Coordenador e professor do curso de especialização em Roteiro para Cinema e TV – IEC PUC Minas. Editor do blog Diário de um Redator, sobre cinema e criação publicitária (http://criapub.wordpress.com/) rbmayrink@gmail.com https://twitter.com/rbmayrink https://www.facebook.com/robertson.mayrink Unidade I
A construção da linguagem cinematográfica
Lumière. Finalmente o cinema!
O cinema estava inventado enquanto técnica, mas não enquanto linguagem. Ou seja, já era tecnicamente possível registrar imagens em movimento e exibi-las para o mundo inteiro, mas ainda não havia sido desenvolvida uma linguagem específica para esta nova descoberta. Os primeiros filmes saídos das Indústrias Lumière nada mais eram que fotografias ou cartuns animados. Tinham em torno de um minuto de duração, e eram puramente demonstrativos. Seus títulos mostram isso. Por exemplo, Demolition d’um Mur, nada mais é que o registro da demolição de um muro a fábrica de Lumière. E Le Dejeuner de Bebé, mostra um simpático bebê almoçando entre seus pais (o “papai”, aliás, é o próprio Auguste).
Os primeiros filmes rodados dos Lumière eram extremamente similares uns aos outros, exibindo vistas de trens chegando e partindo de várias plataformas do mundo, pessoas caminhando prá lá e prá cá em diversas cidades do planeta, ou barcos navegando por todos os mares onde estivesse presente um representante das fábricas Lumière.
Assim como os cartuns, os filmes também eram de extrema simplicidade, bastante curtos e rápidos, a maioria rodada em um único plano e a câmera quase sempre imóvel. Não por alguma impossibilidade técnica ou mecânica, nada disso. O motivo desta falta de dinamismo era muito