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Geralmente especificado em projetos mecânicos, o acabamento superficial, representado principalmente pela rugosidade, consiste em um conjunto de irregularidades, com espaçamento regular ou irregular, que tendem a formar um padrão ou textura característicos em uma superfície. Estas irregularidades estão presentes em todas as superfícies reais, por mais perfeitas que estas sejam, e muitas vezes constituem uma herança do método empregado na obtenção da superfície (torneamento, fresamento, etc).
O acabamento superficial pode ser classificado em:
1) Rugosidade – irregularidades finas geralmente relacionadas ao processo de fabricação, medidas em um determinado percurso de medição ; 2) Ondulações – irregularidades superficiais cujo espaçamento é maior que o percurso de medição;
3) Marcas de avanço – na usinagem, determinam a direção predominante das irregularidades superficiais. Dependem principalmente dos parâmetros de corte; 4) Falhas – causadas por diversas causas, como imperfeições decorrentes da fundição do material, acidentes ocorridos durante a usinagem, etc.
A importância do acabamento superficial justifica-se pela sua relação, entre outros, com fatores como:
Precisão e tolerância – muito importante, em especial em peças com acoplamentos onde furo e eixo estejam em movimento relativo. Neste caso, superfícies com rugosidades mais pronunciadas estarão expostas a desgastes mais intensos do que os que sofreriam caso tivessem um melhor acabamento.
Resistência à corrosão – superfícies com acabamentos superficiais mais pobres tendem a reter maior quantidade de líquidos e vapores do que superfícies melhor acabadas. Desse modo, tornam-se mais vulneráveis à corrosão.
Resistência à fadiga – peças que trabalham sob cargas dinâmicas necessitam de melhor acabamento superficial, pois superfícies com alta rugosidade apresentam maior área efetiva, e geometrias mais propensas a concentração de tensões, oferecendo melhores condições para a