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“Além de prevenir a gravidez não planejada, as gestações de alto risco e a promoção de maior intervalo entre os partos, o planejamento familiar proporciona maior qualidade de vida ao casal, que tem somente o número de filhos que planejou”, ressalta Patrícia Albuquerque, enfermeira obstetra do setor de planejamento familiar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Sem dúvida, o contraceptivo oral foi um dos principais atuantes da revolução sexual ocorrida naquela década. Pela primeira vez na história a fertilidade pôde ser controlada independentemente da vontade do homem”, lembra Antônio Aleixo Neto, professor aposentado do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Desde o início, o medicamento foi responsável não só por essa, mas por uma série de revoluções.
Foi o primeiro remédio feito para ser tomado diariamente por pessoas que não tinham nenhum problema de saúde. E, em sua origem, possuía uma semente de contradição. Um de seus criadores, o cientista americano John Rock, era católico conservador. “Ele buscava um tratamento para estimular a fertilidade”, lembra o ginecologista Vicente Renato Bagnoli, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). No meio do caminho, porém, em trabalhos realizados junto com o biólogo Gregory Pincus, também dos Estados Unidos, encontrou o oposto: um comprimido que provoca a infertilidade temporária. “A terceirização da educação pode fazer os filhos crescerem dentro de valores que, às vezes, não são os valores dos pais, muitas vezes dentro de um ambiente, de uma situação que não condiz com sua família real”, destacou o padre. Como a escola tem desempenhado também esse papel de transmitir valores, a psicóloga