Resumos do Capítulo 2 e 5 do livro "Introdução à história dos partidos políticos do Brasil."
1850 palavras
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Cap. 2 A superação da monarquia para a república representou um momento de estreia da intervenção política dos militares, sendo que desde então não saíram mais do eixo central dos acontecimentos do país. Apesar do envolvimento com os líderes civis, somente pelo envolvimento com os militares que foi possível instaurar nossa república, visto que também não havia mobilização popular junto a este movimento. Por falta de uma organização em caráter nacional, sugiram tendenciosas formações regionais, destacando os grupos de Minas Gerais (PMR) e de São Paulo (PRP).
A formação da República veio de uma reação ao centralismo do estado imperial, e por isso, as reformas republicanas se basearam em objetivos descentralizadores, a intenção era fazer do Brasil uma federação, ideal claramente influenciado pela admiração ao modelo norte americano. A constituição nacional que dava a cada estado autonomia para ter sua própria ementa de leis, e o título dos governantes estatais de presidentes, demonstrando um nível de igualdade entre o poder regional e o poder central, são medidas que mostram o desejo de romper com a tradição ibérica centralista.
Era um ambiente de hostilidade ao governo nacional. As províncias se interessavam mais em resolver suas questões independentemente. Foram criadas as corporações militares estaduais, hoje conhecidas como Polícia militar, e representavam na época uma resistência às intervenções superiores. Era um contesto de desconfiança ao poder federal e às instituições nacionais, não condicionando a formação de partidos nacionais. Ouve apenas uma tentativa com real consistência de transcender os domínios regionais, que foi o PRF, Partido Republicano Federal, mas mesmo assim não durou muito, pois a corrente descentralizadora regionalista era muito mais forte.
A política brasileira se formou sobre uma estrutura partidária totalmente regional, com cada estado tendo o seu P.R., cominando na formação de verdadeiras oligarquias sem qualquer competição