Resumo
O filme Billy Elliot (2000) é um bom ponto de partida para discutirmos questões como diversidade e intolerância. A película conta a história de um garoto de 11 anos que decide trocar as luvas de boxe pelas sapatilhas de balé.
O filme
A trama se passa no Reino Unido, durante o governo da primeira ministra Margaret Thatcher, tendo como pano de fundo uma da mais sérias crises sociais, a greve dos mineiros. O pai do garoto, que é órfão de mãe, integra a categoria, sendo um dos que mais incitaram o movimento dos trabalhadores, juntamente com seu outro filho, irmão de Billy. O conflito faz com que a família, já limitada economicamente, tenha ainda mais dificuldade em se manter.
Não bastasse isso, o sensível Billy cresce num ambiente extremamente masculinizado e machista, como indicam algumas falas e situações. A única figura feminina presente, que rompe um pouco com esse universo, é sua avó doente, que por vezes, esquece até que ele é seu neto, ainda que o garoto seja o encarregado de cuidá-la.
Apesar dos problemas financeiros, o pai de Billy faz questão de arrumar os 50 pences todo mês, destinados às aulas de boxe do jovem. Durante uma das aulas o instrutor avisa que os garotos terão que dividir o ginásio com uma turma de bailarinas, que a partir de então farão aulas ali. O olhas de Billy é de encantamento assim que vê o piano sendo trazido para o local, já que ele, que tem o instrumento em casa, é reprimido pelo pai quando quer tocá-lo, não podendo exercitar sua sensibilidade.
Contudo, o que Billy não esperava era apaixonar-se pelo balé. Logo ele, que certa ocasião havia dito a uma amiga que o convidou para a aula que aquilo era coisa de bicha. Depois de levar uma bronca do instrutor que o obriga a ficar treinando até mais tarde, ele vai até a sala de dança entregar as chaves para a professora e fica em estado de graça com o que vê. A mulher o desafia a trocar as botas do boxe pela sapatilha e logo percebe o talento que o menino