Resumo
SCOPE:
O autor cria o conceito de AUTONOMIA PELA DIVERSIFICAÇÃO para conceituar a Política Externa do Governo. Contrapõe-se o conceito a AUTONOMIA PELA DISTÂNCIA característica do período desenvolvimentista terminado no Governo José Sarney e a AUTONOMIA PELA PARTICIPAÇÃO no Governo Fernando Henrique.
Segundo o modelo Hermann, seguido pelo autor, o Governo Lula promove AJUSTES E MUDANÇAS no Programa de Política Externa que não chegam a comprometer os objetivos mais amplos e contínuos da mesma. Estes são o vetor DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO e a AUTONOMIA. Isto é, comparando Lula e FHC, Vigevani vê ambos os governos como autonomos, independentes e voltados para o Desenvolvimento.
O Período Desenvolvimentista de AUTONOMIA PELA DISTÂNCIA cacteriza-se por políticas externas fechadas em diversos aspectos. Verdade que o Governo Sarney já apresenta elementos de transição, mas sua política externa ainda interage pouco para abrir relações, podemos pensar por exemplo relações comerciais e econômicas com países desenvolvidos.
O Governo Collor de Mello e FHC (especialmente o último) vão entender o momento – de INCERTEZAS da GLOBALIZAÇÃO- como a hora certa para abrir as relações. O foco todavia vai mais para áreas deINTERESSE IMEDIATO como no aprofundamento do Mercosul, no fortalecimento das Relações com a União Europeia e com os Estados Unidos e da participação mais ativa nos regimes internacionais e nos fóruns multilaterais.
O Governo de LULA sem se distanciar das grandes potências vai ampliar o contato com áreas que o Brasil não tem objetivos imediatos, com vistas em ampliar o posicionamento do Brasil no cenário internacional – só que sem deixar de se relacionar com as grandes potências. O Brasil passa a buscar posição de maior liderança nesse novo contexto. O melhor exemplo é a Missão Para Estabilização do Haiti (MINUSTAH) liderada pelo Brasil. Outro exemplo é