resumo
Este artigo objetiva discutir a formação e qualificação do engenheiro, a partir das mudanças nos processos de trabalho, ocorridas no interior das organizações, bem como da globalização da economia articulada a uma nova base técnica qual sejam da microeletrônica e da informática computacional. Esses requisitos criam um ambiente para inovação tecnológica característica do desenvolvimento técnico científico, hoje, aliado as novas formas de gestão e organização do trabalho. Neste contexto a qualificação/requalificação do engenheiro passa pela trajetória da formação acadêmica, a experiência no trabalho e a formação renovada pela educação continuada. Na obra: Trabalho e Formação do Engenheiro, coletânea organizada por Lúcia Bruno e João Bosco Laudares(2000), estudos e pesquisas confirmam tais proposições. Palavras Chave: Engenheiro, Formação, Organização, Qualificação, Trabalho.
INTRODUÇÃO
Este artigo tem como objetivo discutir o trabalho e a formação do engenheiro, no interior das organizações, a partir das mudanças ocorridas no cenário sócio-político-econômico, principalmente na década de 90, e que impactou profundamente as relações de trabalho e o ensino de engenharia nas universidades. A qualificação do trabalhador tem sido o objeto de estudo da Sociologia do Trabalho, que num ambiente de rápidas transformações se vê diante do desafio de atualizar-se permanentemente. Sociólogos, educadores e profissionais de recursos humanos das empresas procuram entender quais são os parâmetros e as âncoras dos processos de mudanças que afetam o emprego, a qualificação para o trabalho e a educação tecnológica. As mudanças ocorridas na organização do trabalho passaram a utilizar, em maior escala, o componente intelectual do trabalhador, em detrimento do componente físico-manual. Dessa forma, articula-se uma nova base técnica, com a lógica sistêmica de organização da produção e formas participativas de atuação. O engenheiro, nesse contexto, ocupa posição estratégica assumindo