Resumo
A dificuldade enfrentada pelo falseacionismo é chamado problema de Duhem-Quine. O problema de Duhem-Quine incide sobre os próprios fundamentos da concepção falseacionista de ciência. Sua relevância é acentuada pelo testemunho da historia da ciência que fornece muitos exemplos de conflitos entre previsões teóricas e observações que foram resolvidas não pelo abandono da teoria particular que levou a previsão, mas por ajustes nas teorias subsidiarias requeridas para a efetivação do teste.
Dificuldades do falseacionismo, temos ainda que mencionar que a ênfase que dá ao processo de falseamento das teorias conduz frequentemente a uma substimação do pal=pel das confirmações no desenvolvimento da ciência, o falseacionismo não reconhecia a importância das confirmações.
Do que vimos sobre as limitações das concepção indutivas e falseacionista de ciência transparece que elas representam as teorias cientificas e suas relações com a experiência de modo demasiadamente simples e fragmentário.
Em contraste com o que a propõem a visão indutivista as teorias cientificas não consistem de meros aglomerados de leis gerais. Devem incoporar ainda regras metodológicas que disciplinem a absorção de impactos empíricos desfavoráveis, e norteiam as pesquisas futuras com vista ao seu aperfeiçoamento.
Lakatos reconhece, porem, que essa atitude conservadora tem seus limites. Quando o programa como um todo mostra-se sistematicamente incapaz de dar conta de fatos importantes e de levar a predição de novos fenômenos deve conceder lugar a um programa mais adequado progressivo. Como uma questão de fato histórico, nota-se que um programa nunca é abandonado antes que um substituto melhor esteja disponível.
A heurística positiva de um programa é mais vaga e difícil de caracterizar que a heurística negativa. Segundo Lakatos, ela consiste de um conjunto parcialmente articulado de sugestões ou ideias de como mudar ou desenvolver as variantes refutáveis do programa de pesquisa de como modificar,