RESUMO
Contabilidade Ambiental Nacional: Fundamentos teóricos e aplicação empírica no Brasil.
A finalidade das Contas Nacionais é a atividade econômica. A contabilidade da mesma dá-se tanto de maneira "real" quanto pelo lado “monetário”. Desta forma, o valor do PIB depende do conjunto de atividades que são consideradas como produtivas, uma vez que uma atividade só pode ser geradora de renda ou produto se fizer parte desta fronteira. Assim, as atividades que não estão encaixadas nesse âmbito, não são tidas como produtivas, e sua variação não afeta a medida dos agregados das Contas Nacionais. A definição de fronteira da produção tem variado ao longo da história, tomando uma forma cada vez mais abrangente no que diz respeito ao seu contexto. Atualmente, seu conceito resume-se da seguinte forma, de acordo com o Sistema de Contas Nacionais, encaixam-se em fronteira da produção: todos os bens e serviços que são destinados a outras unidades econômicas, independente da sua forma de pagamento; bens que são retidos pelo produtor para uso próprio, mas que poderiam se destinado ao mercado; e serviços produzidos para uso próprio por meio do processo de produção, nos quais os fatores de produção empregados são remunerados pelo produtor. No que diz respeito ao cálculo de renda, este também obedece às mesmas convenções adotadas para demarcar a fronteira de produção. Entende-se que a renda será o resultado da atividade produtiva que se encaixa no conjunto de remunerações primárias apropriadas pelos agentes envolvidos na produção. Entretanto, no caso de assumir valores iguais aos do produto, o conceito de renda passa a ter um significado diferente. Isso porque, quando se vende um determinado produto de "segunda mão" não esta se gerando riqueza, nesse caso há apenas a troca de bens já existentes. Tal princípio fundamenta as relações de produção, riqueza e renda nas Contas Nacionais, entende-se: a produção é a única fonte da variação da riqueza, e essa variação da riqueza,