Resumo
R.A: 507121
Tensões e interações entre o saber científico e o escolar: considerações sobre o ensino de geografia
A autora inicia o texto resgatando a história dos conceitos de disciplina científica e disciplina escolar. As disciplinas científicas tiveram origem na Revolução Científica, no início do século quinze. Para elas, todos os indivíduos poderiam ter conhecimento, não somente sábios ou divindades. Trabalhavam com a razão e acreditavam em leis que faziam com que a natureza funcionasse. Nos séculos seguintes, com a união da ciência e técnica, a tecnologia se desenvolveu ainda mais.
Junto com o desenvolvimento da ciência acontece o desenvolvimento do sistema capitalista. Acontece uma produção científica que faz com que se desenvolva a relação utilitária com a natureza, para que a natureza seja controlada e usada para o proveito privado.
São muitos os benefícios das disciplinas científicas para a humanidade, porém as ciências estão se dividindo e ocasionando muitas perdas. Deste modo, há uma crise na ciência moderna, e é preciso que essa mude. Questões como a saúde coletiva, a violência, a ordem ética, etc, a ciência moderna não consegue solucionar.
Essa divisão de saberes gera muitos problemas, e uma solução citada pela autora é a construção de um pensamento complexo. A interdisciplinaridade tem sido bastante incentivada. Para Braga (2010, p. 401):
Na escola básica a interdisciplinaridade tem sido apresentada como solução para a abordagem do conhecimento escolar. É anunciada como uma alternativa prenhe de positividade e essencialmente redentora. Contudo, a apropriação conceitual da interdisciplinaridade na escola, tem revelado uma grande plasticidade de significados, um querer fazer orientado por vagas e diversas visões.
Ao ver as disciplinas escolares como espaço para a produção científica nota-se que é provável para os seus sujeitos (crianças e adolescentes) uma apropriação direta desses saberes.
Para concluir, a autora diz que ver