Resumo
Um domínio social é um espaço físico onde as pessoas interagem assumindo certos papéis sociais. Eles são um conjunto de obrigações e direitos definidos por normas socioculturais. O próprio processo de interação humana constrói esses papéis sociais.
Um exemplo disso é quando usamos a linguagem para nos comunicar, pois assim também estamos construindo e reforçando os papéis sociais de cada domínio. As características linguísticas são variantes e vão desde as diferenças intergeracionais a diferenças regionais.
Em todos os domínios sociais existem regras que definem as ações que ali são realizadas. Essas regras podem estar documentadas, como no caso de lugares que exigem um trato mais formal ou também podem ser apenas parte de uma tradição cultural não documentada. Porém sempre haverá variações linguísticas nos domínios sociais. O grau dessa varação será maior em alguns domínios do que em outros. Podemos tomar como exemplo o domínio do lar ou das atividades de lazer que permitem maior variação linguística do que a escola ou a igreja.
A variedade regional, antes de tudo, serve como instrumento identitário, isto é, um recurso que confere identidade a um grupo social. Usar o linguajar de sua região e praticar seus hábitos culturais é motivo de orgulho para muitos. Mas, no entanto alguns falares têm mais prestígio no Brasil do que outros e por fim isso acaba gerando um preconceito linguístico. As variedades faladas pelos grupos de maior poder político e econômico passam a ser vistas como mais bonitas e até mais corretas.
Isso acontece em todos os países, entre os quais podemos citar a Espanha, Itália e a França. No Brasil, os falares das cidades litorâneas, que foram sendo criadas ao longo dos séculos XVI e XVII sempre tiveram mais prestígio que os falares das comunidades interioranas.
No Brasil de hoje, os falares de maior prestígio são justamente os usados nas regiões mais ricas. Assim podemos ver, que são fatores históricos , políticos e sociais que