Resumo
Publicado em 16 de outubro de 2010 em Filosofia
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Verdade Científica
"O que é a verdade?"
A essa pergunta de Pilatos, Jesus teria dado o silêncio como resposta. O silêncio do Mestre, provavelmente, não se deve ao fato de não saber a resposta, mas à constatação e afirmação de sua transitoriedade.
O silencio a respeito de "o que é a verdade?" poderia ser respondido com a interpretação do sentido da pergunta. O que É a verdade? Não manifesta preocupação com suas características, mas com sua essência. Pilatos queria não uma descrição ou enumeração das características da verdade, mas a delimitação de sua essência. Essa essência, do ponto de vista bíblico religioso, é o próprio Deus, mas a pergunta de Pilatos é filosófica, pois busca o ser.
Além disso, em outra passagem Jesus teria dito ser Ele a verdade ("Eu sou o caminho, a verdade e a vida"). E àqueles que o procuravam, em busca de rumo para suas vidas propõe seu seguimento: "conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará".
Sendo assim, se nos pautássemos apenas pelo discurso bíblico-religioso seriamos levados à conclusão de que a verdade se identifica com a pessoa de Jesus: "eu sou a verdade". Mostra, ainda, que na verdade existe uma dimensão libertadora e um sentido de condução: caminho.
Em síntese e para resumir a discussão a respeito da verdade religiosa teríamos a afirmação de que ela se identifica com os dogmas. A verdade religiosa possui seus atributos (liberta, conduz...), e isso porque está pronta, em sua essencialidade divina. E, sendo assim, o discurso religioso se apropria da verdade e a apresenta de forma imutável e perene: Deus. E assim a religião se basta
Ao contrário da religião, filosofia navega sem amarras por estas águas. A busca pela verdade é a grande questão ou a grande discussão do conhecimento. Ao contrário da religião a filosofia não se apropria, mas se mantém em atitude de busca pela verdade. O processo do conhecimento é o