resumo

2815 palavras 12 páginas
Capít:A formação dos Estados modernos
- Na fase final da Idade Média, dois grupos sociais do período — a burguesia e a nobreza — tinham interesses distintos na centralização do poder. Como nenhum deles possuía hegemonia política, a figura do rei, em um governo centralizado e legítimo, representaria para ambos um meio de obter vantagens e direitos.
- A nobreza viu no poder real um meio de preservar suas terras e alguns privilégios, ainda que seus membros tivessem que se adequar a novas funções sociais, como cortesãos do rei ou como funcionários do Estado.
- Para a burguesia, a centralização política era interessante, pois significava unificar as leis, a moeda e os padrões de pesos e medidas, muito importantes para a produção e a comercialização de produtos. Além disso, acabaria a cobrança de taxas senhoriais dos burgueses toda vez que entrassem em um feudo: o tributo seria pago apenas ao rei.
- Por sua vez, o rei, fortalecido de um lado pela injeção de dinheiro da burguesia e de outro pela dependência da nobreza, reunia as condições necessárias para consolidar seu poder. Foi assim que, entre os séculos XII e XV, várias monarquias se consolidaram na Europa, sendo as mais expressivas aquelas estabelecidas em Portugal, na Espanha, na Inglaterra e na França.
As bases do Estado moderno
- Na Europa Ocidental, os primeiros embriões de Estado germinaram ao longo da modernidade.Esses Estados não se consolidaram do dia para a noite, mas resultaram de um período de grandes mudanças, expressas na gradativa perda de força dos senhores feudais, no desenvolvimento do comércio e das cidades e na retomada da autoridade dos reis. Nesse contexto, os antigos interesses regionais, baseados nos laços de fidelidade, característicos da sociedade medieval, foram lentamente substituídos por relações de interesses mais amplas, económicas, políticas e socioculturais.
- A autonomia dos feudos cedeu lugar à centralização do poder nas mãos de um monarca, o que contribuiu para construir a

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