resumo

1.3. Uma das dimensões esquecidas do tempo de não-trabalho: o lazer

Todo individuo tem por natureza e necessidade o exercício de vários papéis, como o de pai, de filho, companheiro e cidadão, sem que isso prejudique o seu desemprenho profissional, isso se encaixa também ao executivo, cuja dimensão do trabalho não se pode separar das outras dimensões da vida.
De acordo com o modelo criado por Bernhoeft em 1.985, o tempo do individuo é dividido entre os papeis, profissional (relacionado ao trabalho), conjugal (referente aos relacionamentos amorosos), familiar (que engloba apenas as relações em família excluindo a marital), social (referentes às relações de amizades e demais relações sociais), educacional (relacionado ao intelecto do individuo) e recreacional (diretamente relacionada ao lazer).
Cada papel exercido pelo executivo, demanda um tempo, para cada tempo gasto em um papel, acarreta na diminuição do tempo para outros papeis e mesmo diante das responsabilidades e cobranças que se tem no mundo organizacional e social, é necessário ao individuo um tempo destinado ao não-trabalho, o tempo que chamamos de lazer.
O lazer apesar de ser um tema esquecido pelos estudos organizacionais teve a partir da Revolução Industrial, um maior destaque sendo assegurado no Brasil, ganhando proteção na Constituição Federal, passando a ser dever da família, da sociedade e do Estado.
Dumazedier (1973, p.34), define lazer como sendo “ocupações ás quais o individuo pode entregar-se de livre vontade, para repousar, divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária, ou sua livre capacidade criadora, após desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais”.
Os estudos feitos sobre o assunto demonstraram que o lazer é uma escolha do individuo, que o ajuda a sair da rotina, trazendo benefícios à saúde, buscando o prazer e satisfação individual, tornando, portanto um campo limitado, onde