Resumo
Quanto à questão do Brasil, esta análise relata que o fenômeno é isolado, e que não haverá guerra pela independência, com o antigo aparelho administrativo colonial, passando a constituir o "novo" estado independente brasileiro, onde a cúpula dirigente do país continuará intacta aos fatos que aconteceram durante o período que separa essas duas etapas históricas, com os donos do poder continuando a ser os mesmos segmentos sociais, que faziam parte do poder político e econômico do Brasil durante o período colonial, mesmo que às vezes se mudassem as pessoas que iriam monopolizar esse poder.
No desenrolar desta resenha, a autora depende a idéia de que os motivos das insurgências das colônias espanholas contra a sua metrópole não se deram apenas por contra das idéias filosóficas dos pensadores liberais franceses e alguns espanhóis, mas também pelo fato da imensa maioria de suas classes dominantes terem o interesse de afastar de suas respectivas colônias o poder que a coroa espanhola, imprimia sobre elas.
Poder esse que dificultava as transações mercantis opunha restrições ao desenvolvimento de determinados setores produtivos, entregava o comércio com o além-mar a um grupo de monopolistas privilegiados, confiscava para si uma parte considerável do excedente econômico produzido pelo trabalho dos índios, e etc.