Resumo
Não é por natureza, que as virtudes se geram em nós, somos adaptados a recebê-las e nos tornamos “perfeitos” pelo hábito. Das coisas que os vem por natureza: primeiro a potência (capacidade) e depois os atos. Ex: visão/ audição – as possuímos antes de usá-las. Com as virtudes ocorre o oposto, adquirimos pelo exercício, ou seja, aprendemos fazendo (nos tornamos justos praticando atos justos). Em toda prática há o bom e o mau. Nas virtudes, nos tornamos justos e injustos, valentes ou covardes. É preciso atenção à qualidade dos atos que praticamos, pois a mínima diferença pode acarretar numa mudança de caráter.
O segundo tópico diz que se estuda a virtude para se tornar bom, que é preciso agir de acordo com a regra justa. É afirmado que está na natureza das coisas serem destruídas pela falta ou excesso e o certo seria agir nas devidas proporções (mediania), logo, nem de mais e nem de menos. Deve-se examinar a natureza dos atos, esses determinantes de nosso caráter, e o modo de como pratica-los.
Já no terceiro tem como alvo principal mostrar que os sinais indicativos do caráter é o prazer ou a dor que acompanham as ações. É por causa do prazer que praticamos determinada más ações, e por causa da dor que nos abstemos de ações nobres. Para melhor entendimento é citado Platão “Deveríamos ser educados desde a nossa juventude de maneira a nos deleitarmos e de sofrermos com as coisas que nos devem causar deleite ou sofrimento, pois segundo ele, essa é a educação certa”.
As virtudes dizem respeito as ações e paixões e cada ação e cada paixão é acompanhada de prazer ou dor. E considerando com isso o castigo