1.Argumentação e Lógica Formal Muito antes da lógica ter sido organizada como ciência, já o homem fazia uso do pensamento. Para compreender e se compreenderem, os homens precisam de usar o pensamento e de se exprimir, falando. Para agirem sobre o espírito dos seus semelhantes ou para se influenciarem reciprocamente, os homens têm necessidade de pensar, discutir, persuadir, raciocinar. A lógica nasce naturalmente com a necessidade de satisfazer o mínimo de coerência mental que a persuasão exige, mas começa a organizar-se como ciência, quando o homem ultrapassa o nível imediato do pensar para agir e procura, numa atitude reflexiva, os fundamentos implicados no exercício do pensamento. Antes do advento de uma lógica científica existe uma lógica natural. A lógica formal começou a ser desenvolvida, no ocidente, pela primeira vez no século IV a.C., por Aristóteles, e limita-se apenas ao estudo da validade dedutiva.O estudo da lógica pode desenvolver a capacidade de discernimento de cada um, através do fornecimento de instrumentos que permitem identificar raciocínios válidos/correctos e não válidos/incorrectos (inválidos), de instrumentos para analisar diversos discursos argumentativos (político, filosófico, científico) ou do disciplinar do pensamento, mas não pode fornecer o elementar bom senso àqueles que não o possuem. Porém, o estudo da lógica pode levar mais longe o raciocínio, ajudar a identificar mais facilmente a má fé (manipulação) nos argumentos alheios e a distinguir o uso legítimo ou ilegítimo que se faz do pensamento e que se manifesta no discurso.Lógica – estudo das condições de coerência do pensamento e do discurso. O mesmo é dizer, o estudo dos argumentos (raciocínios ou inferências) válidos.Pensar = operar com conceitos (formar juízos ou raciocínios)Discursar = exprimir verbalmente o pensamentoPensamento = resultado (produto) do operar com os instrumentos lógicos [ligar ou relacionar diferentes conceitos entre si, construir juízos ou raciocínios (ao