Resumo
A princípio é abordado o surgimento do Direito do Trabalho, em decorrência da Revolução Industrial, na qual a inclusão da máquina a vapor nas indústrias se tornou causa de grande desigualdade entre empregador e operários, uma vez que o proprietário passou a deter os meios de produção e, conseqüentemente, o poder sobre o trabalhador que nada detinha, a não ser sua força de trabalho e a esperança de não ser substituído por uma máquina. Devido a esta desigualdade, em conjunto com o liberalismo econômico, ou seja, a “não intervenção” do Estado na seara econômica, foi necessária a criação de um instituto que protegesse o trabalhador que se revelava hipossuficiente frente ao empregador, assim surgiu o Direito do Trabalho.
No início, o núcleo deste ramo do direito consistia precipuamente na busca por melhores condições de trabalho, como a defesa de salários mais justos e a diminuição das jornadas excessivas, enfim, abarcava tudo que promoveria a proteção do trabalhador e de sua dignidade, no entanto, em razão das evoluções sociais e econômicas, o Direito do Trabalho precisou tomar uma nova dimensão, logo majorou seu rol de funções, tornando-se, nas palavras do autor, “verdadeiro instrumento de política e planejamento econômico”.
Do mesmo modo que a dinâmica social e econômica se transforma constantemente, a nível global, a esfera dos direitos trabalhistas tem que se adequar às mudanças no intuito de não se deixar estagnar e perder sua aplicabilidade. Não é mais possível ao Direito do Trabalho se ater ao que foi conquistado no passado, é essencial que ele se modernize juntamente comas novas necessidades das empresas e os obstáculos que se formam perante os empregados que são os mais atingidos pelas revoluções do