Resumo
A autora inicia seu livro falando de sua trajetória de formação. Telma cursou o Normal no Instituto de Educação, no Rio de Janeiro, influenciada pela professora de seu curso primário de quem gostava muito. Ao longo do curso, estando envolvida com artes plásticas e quis sair, mas seus pais a convenceram a continuar. Em seu último ano reparou que a repetência nas escolas havia ultrapassado os limites da normalidade, pois não havia vagar para novos alunos na 1ª série, devido ao grande número de alunos repetentes, foi então que o governador aprovou por decreto todas as crianças para a 2ª série mesmo os que não sabiam ler, também montou escolas de madeira e convocou todas as estudantes do Normal do último ano para dar aulas. Foi quando ela começou a dar aulas para um grupo de crianças entre 11 e 12 anos, que tinham repetido várias vezes a 1ª série e que só haviam passado para a 2ª série por causa do decreto do governador, não eram todos analfabetos, porém não se podia considera-los alfabetizados. Ela sentia que estava apenas preenchendo o tempo de aula, não conseguia avaliar os resultados do trabalho, nem o que deveria esperar das propostas que aplicava. Telma se impressionava quando conversava com algumas mães e essas achavam natural que seus filhos não tivessem sucesso na escola, diziam que ela poderia bater neles para ver se estudavam. E toda essa situação fez com que se afastasse por 12 anos da educação, ficou claro para ela que as informações e ideias que circulavam na educação não davam conta do problema do ensino, para ela o professor era um cego. E para ela isso não mudou, o professor ainda hora tem as mesmas insuficiências que ela tinha quando chegou à escola, mas hoje os professores tem à disposição conhecimentos que ajuda a iluminar os processos através dos quais as crianças conseguem ou não aprender.
Quando iniciou sua docência ela não tinha um conhecimento