Resumo
Em 1958, foi realizado o II Congresso Nacional de Educação de Adultos no Rio de Janeiro, que discutia a problemática do ensino para o adulto ter as mesmas ações e características da educação infantil. Foi debatido neste congresso uma nova forma do pensar pedagógico para os adultos, fazendo com que eles não fossem mais vistos como pessoas ignorantes ou imaturas por não serem alfabetizados.
O período de 1959 a 196 é considerado como um “período de luzes” para a EDA, por confrontar velhas ideias e preconceitos, buscando renovação nos métodos e processos educativos.
Incorporando o pensamento de Paulo Freire, discutia-se a necessidade de substituir o discurso de refletir sobre a questão social para entender que era fundamental a educação da população adulta, pois só assim ela estaria preparada para participar da vida politica do país. A partir de então, a educação dos adultos passou a ser reconhecida como um poderoso instrumento de ação politica, contendo também o papel de resgatar e valorizar a cultura popular.
O golpe militar de 64 rompeu com os movimentos de educação e cultura popular, reprimindo programas de educação e aqueles voltados para a politica, que iriam contra as ações do regime militar.
Enquanto as ações repressivas ocorriam, foram criados alguns programas de caráter controlador e conservador por parte do Estado, como por exemplo, a Cruzada de Ação Básica Cristã. Alguns anos depois ela foi extinta por acumular criticas pela forma como era administrada.
Com os baixos níveis de escolaridade e por haver uma ausências de programas educacionais voltados para o ensino dos adultos, já que estes eram uma importante via e transmissão com a sociedade, foi fundado em 1967 o MOBRAL – Movimento Brasileiro de Alfabetização – e posteriormente o Ensino Supletivo.