resumo

A linguagem figurada

Autora: Maria Luisa Ramos

Resumo

A linguagem figurada, pela sua própria etimologia, é aquela que finge, não no sentido pejorativo de mentir, mas no sentido positivo de fazer conta, de fazer crer e ser. Ainda que pareçam bem diferentes, as palavras figurar, fingir e ficção têm a mesma origem o verbo latino fingo, que faz no pretérito fingir, no particípio passado fictum e no infinitivo fingere (finguere).
A linguagem sofre um processo substitutivo, em que uma coisa se representa por outra. Essa substituição se dá, na maioria das vezes, pelo fato de haver uma relação de similaridade entre ambas. Por exemplo, a parte que apóia no chão é chamada de pé, por ser esta á parte do corpo que também o sustenta. Mas é possível figurar-se também de outro modo, ou seja, substituindo-se um termo por outro, por se relacionarem por contiguidade como se verifica no caso em que se emprega a causa pelo efeito o que é frequentemente em frases como o músico encontrou a platéia (em vez de música).
A figuração é o processo mental por meio do qual se formam as figuras que se classificam basicamente em dois grupos: a metáfora em que a substituição de um termo por outro se faz por similaridade, coordenando-se eles entre si, e a metonímia em que a substituição se dá por existir entre ambos uma relação de contiguidade, subordinando-se um ao outro. Tanto a metáfora quanto a metonímia são palavras que vem do grego, formadas ambas com o prefixo meta, que empresta ao termo a que se prende o sentido de “comunidade, participação, mistura ou sucessão”.
No caso da metáfora, o prefixo acompanha o nome fora ação de levar, de transportar o que reforça o sentido de além de. E na metonímia é uma criação latina, sendo que a ação correspondente se diz em grego metomazo, o que quer dizer chamar com outro nome.
Diferente da metáfora e metonímia a antítese salienta a oposição entre duas idéias ou palavras, a antítese diferencia-se da sinestesia pela atribuição de