Resumo- o mito do desenvolvimento economico
Ao longo do livro, Furtado tenta explicar como funcionou o processo de subdesenvolvimento da periferia do sistema capitalista usando, para isso, uma análise cultural. Ele começa diferenciando a cultura capitalista dos países cêntricos, para a dos países periféricos. Para ele, o processo de colonização e, por consequência, inserção da periferia no comércio internacional por parte dos países mais desenvolvidos, criou estruturas que sustentam o subdesenvolvimento nas ex-colônias. Para o autor, o desenvolvimento está intimamente ligado ao processo de modernização, ou seja, produção e inovação tecnológica. Foi através desse método, que as nações centrais cresceram. Porém, o modo como a periferia foi introduzida no mercado mundial, a privou de tal capacidade. A infraestrutura aqui instalada foi feita com intuito de escoar a produção, não em busca de uma interligação das diversas regiões dos Estados. Mesmo com o fim da colonização, as ex-colônias continuaram caracterizadas por serem grandes centros de produção primária que abasteciam os países ricos, importando produtos manufaturados. Os primeiros sinais de industrialização, tardia, se deram através do processo de substituição da importação, que buscava produzir o que se era importado. Os produtos que foram produzidos eram voltados para a massa, e concorriam com as produções artesanais.
Furtado vai discorrer que a colonização cultura se dá enquanto as classes dirigentes locais convergem para tal, pois tem interesse em manter a exploração sobre as classes dominadas. Além disso, os grupos que do centro capitalista controlam toda a economia internacional, criando assim, um fluxo de intercâmbio desigual entre o centro e a periferia. E, mesmo com a produção na periferia, a organização do sistema do comércio faz com que os excedentes fiquem nos países ricos. Por fim, como foi estimulada o sistema de plantation, mais especifico açúcar, café, borracha, não existe a