Resumo "O Crime do Padre Amaro"
Amaro nasceu em Lisboa, na casa senhora marquesa de Alegros pois seus pais eram criados dela. Tinha só 6 anos quando faleceram. A partir daí, foi criado pela marquesa e naquela casa, tanto ela quando as duas filhas vivam sobre influencia da Igreja. Amaro tinha enorme gratidão pela mulher que lhe ofereceu uma educação adequada e como retribuição entrou na vida eclesiástica, que era desejo da marquesa. Amaro foi ao seminário sem nenhuma vocação, não se sentia atraído pela profissão. Não desagradava-lhe ser padre, mas queria liberdade. Contemplava a nudez das bonecas e perdia o sono desejando mulheres Para ele, o seminário oferecia apenas humilhações duma prisão com os tédios de uma escola. Já antes de fazer seus votos desejava quebra-los. Era tentado pelo pecado. Quando se formou foi enviado á uma paróquia na serra, mas era pobre e desabitada. Sendo assim, retornou a Londres e procurou uma das filhas da falecida marquesa que era casada com um conde para que pudesse mudar de paróquia. Havia vaga na paróquia de Leiria, já que o padre da Sé havia falecido. Amaro não conhecia ninguém na cidade exceto o cônego Dias, através deste alugou um quarto na casa da senhora Joaneira e sua filha Amélia. A casa da Dona Joaneira servia de encontro de devotos e beatas da cidade, que se reuniam todas as noites. Amélia era a mais linda das moças da cidade e noiva de João Eduardo, não que ela gostasse dele, mas queria ter ao menos um interessezinho amoroso. Ele era bom moço, simpático e havia de ser um bom marido. Amélia aceitou casar-se para não descontentar ninguém. Porém, as poucos despertou uma paixão na pequena Amélia e ao padre Amaro. Este havia gostado de Leiria, melhor que qualquer morada que já tivera, mas já não era mais ou mesmo de quando chegou. Já não celebrava mais a missa com tanta devoção. Perto de Amélia nem se lembrava que era padre, a desejava profundamente. Desesperava-se quando João Eduardo vinha visita-la.