resumo do crime do padre amaro
Eça de Queirós nasceu em Póvoa do Varzim, em 1845. Estudou Direito em Coimbra e ligou-se à geração académica entusiasmada comas ideias de Proudhon e de Comte. Assim, conheceu Antero de Quental e iniciou sua carreira literária com folhetins, mais tarde publicados sob o título de Prosas Bárbaras (1905). O escritor não participou ativamente da Questão Coimbrã, permanecendo à margem das discussões, apenas como observador. Depois que se formou, foi para Lisboa tentar a carreira de advogado. Mais tarde, passa a fazer parte do grupo do Cenáculo (1868), liderado por Antero de Quental, depois de ter dirigido por algum tempo um jornal em Évora (Distrito de Évora, 1867).
Em 1869, viajou para o Egipto para fazer uma reportagem sobre a inauguração do Canal de Suez, da qual resultou O Egipto (1926,publicado depois de sua morte). Quando retornou, participou das conferências do Casino Lisbonense, – onde proferiu uma palestra que tratava sobre a necessidade de a arte encontrar-se aliada ao meio social (arte engajada) – em 1871. Em seguida, foi a Leiria (cidade onde ocorrem os principais fatos narrados em O crime do Padre Amaro), em que exerceu o cargo de administrador do Conselho por seis meses, como condição para que adentrasse à carreira diplomática.
Em 1873, Eça foi nomeado cônsul em Havana, mas no ano seguinte seguiu para Brístol, Inglaterra, onde permaneceu até 1878. Por fim, transferiu-se para Paris, antigo desejo seu. Casou-se em Neuilly e passou realmente a se dedicar à sua carreira literária. Nesse mesmo local, faleceu no ano de 1900.
A obra de Eça pode ser dividida em três fases:
— A primeira reflete um escritor ainda num momento de indecisão, preparação e procura de influências definitivas e de um caminho próprio. Representa a fase menos importante, que, em alguns aspectos, serve como amostra do tipo de prosador que Eça seria no futuro. Esta fase está marcada pela publicação de artigos e crónicas escritos entre 1866 e 1867;
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