Resumo: o calvinismo e henrique viii

697 palavras 3 páginas
O Calvinismo

João Calvino (1509-1564) Em 1535, já é considerado chefe do protestantismo francês. Perseguido pelas autoridades católicas refugia-se em Genebra. Organiza uma nova igreja, com pastores eleitos pelo povo, e o Colégio Genebra, que se torna um dos centros universitários mais famosos da Europa. A Igreja e o Estado devem estar separados, com predomínio da primeira.
Ética protestante – Calvino considera o cristão livre de todas as proibições não explicitadas nas Escrituras, o que torna as práticas do capitalismo lícitas, em especial a usura (cobrança de juros), condenada pela Igreja Católica. De acordo com a teoria da predestinação, ele diz que nós viemos ao mundo pré-destinados por Deus a sermos salvos ou condenados. Desta forma, a nossa salvação não depende da fé e nem das boas obras, mas sim da escolha divina. O homem deve buscar o lucro por meio do trabalho e da vida regrada. Surge a identificação da ética protestante com o capitalismo, que se torna atraente para a burguesia. Os sinais da escolha divina se manifestariam na vida dos indivíduos enfatizando o quanto uma pessoa estava “sendo abençoada por Deus” uma vez enriquecesse e o quanto estava predestinada à danação eterna uma vez pobre, doente e miserável...

A doutrina calvinista ainda era mais rígida do que a luterana, pois não admitia que seus adeptos ostentassem luxo ou riqueza, jogassem cartas, dançassem em bailes, deveriam se vestir com moderação e sobriedade. Mas embora os burgueses se valessem dessa teoria calvinista, muitos não largaram de fato a religião por ainda temerem os castigos divinos.
A burguesia encontrou no calvinismo a doutrina adequada à seus interesses e ao seu modo de vida. Incompatibilizada com o princípio católico do justo preço e da proibição da cobrança de juros, a burguesia abraçou a nova doutrina.
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