Reforma Protestantes e Contra reforma
O que os historiadores (e teólogos cristãos) chamam de Reforma Protestante é o grande movimento religioso ocorrido na Europa, no século XVI e que teve, em sua origem, além das questões religiosas, também outras de ordem política, econômica e cultural. Foi um movimento que abalou as estruturas da Igreja Católica, motivado por contestação à autoridade do papa e às doutrinas e dogmas da igreja.
É importante destacar, ao falar do movimento reformista, não só a Reforma, propriamente dita, iniciada por Martinho Lutero, na Alemanha, em 1517, mas também o trabalho de outros líderes religiosos antes do século XVI, chamados de pré-reformadores.
Diante das mudanças de mentalidade religiosa e do movimento de contestação, a Igreja católica não ficou passiva. Respondeu com a chamada Contrarreforma, movimento com o qual combateu os protestantes muitas vezes com repressão, e dando início a uma série de modificações em suas práticas, assim como no comportamento de seus membros, com o Concílio de Trento.
Questões que impulsionaram a Reforma1
As principais questões que motivaram a Reforma Protestante, foram, como já dissemos, as questões religiosa, política, econômica e cultural.
Questões religiosas:
- Medo do inferno e sentimento de culpa: a ideia de pecado levava as pessoas a buscarem o perdão e salvação por meio de orações, penitências, além de doações de bens e dinheiro à Igreja.
- Abusos dos clérigos: os papas e os bispos viviam no luxo. Nos mosteiros, os abades interessavam-se apenas por seus ganhos e negligenciavam as obrigações religiosas, trazendo escândalos e não atendendo a necessidade espiritual dos fiéis. Questões econômicas:
- A riqueza da Igreja: esta possuía muita terra na Europa adquirida de doações de nobres e outros meios (compra, tributos, acordos etc), sendo conhecida, inclusive, como a “grande senhora feudal da Idade Média”.
- Condenação à usura: apesar de possuir muitas terras, a Igreja condenava as