resumo a nação como semióforo marilena chauí
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CHAUÍ, Marilena. Brasil – mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo, Perseu Abramo, 2000. Cap. 2 e 5. Pg 11-29; 57-87. No capitulo II, Nação como semióforo, do livro Brasil: Mito Fundador e Sociedade Autoritária, a autora Marilena Chauí traz o conceito de semióforo, algo de valor simbólico, sentimental, histórico, temporal, descartando o valor material. Assim, aborda também como este se expressa no Brasil por intermédio, então, da formação paulatina e intencional do que conhecemos hoje como nação. Desse modo, a autora cita a possível desvalorização dos semióforos devido a dinâmica capitalista de impor valores monetários a tudo que for possível e, assim, possa ser facilmente trocado ou comprado. Portando, o que deveria ter apenas valores simbólicos e únicos perde sua real essência para o bem maior deste sistema, o dinheiro. Nessa problemática, surge a disputa das hierarquias: política, religiosa e da riqueza para a posse dos semióforos e a capacidade de produzi-los, pois, na verdade, descobrem que os valores simbólicos ganham valores pecuniários sem que um anule ao outro. Dentro desse contexto, cada hierarquia constrói seus semióforos para ganho de poder e prestígio, e, dessa forma, o poder político precisava de um semióforo maior, que detenha todos semióforos nacionais (patrimônio histórico e geográfico, monumentos, documentos raros) e que os produza também. A partir dessa necessidade nasce a nação como semióforo-matriz, porém, não do dia para a noite, afinal, o conceito de nação atual passou por uma longa jornada de definições e classificações. O termo “nação” aparece por volta de 1830 no vocabulário político, mas o mesmo passou por três etapas: o “princípio da nacionalidade”, de 1830 a 1880; a “ideia nacional”, de 1880 a 1918 e a “questão nacional”, de 1918 aos anos 50-60. Entretando, cada etapa apresentava definições diferentes e públicos completamente antagônicos. Assim, o desafio do Estado era