Resenha do documentário "Zumbi Somos Nós" com comentários baseados em "A Integração do Negro na Sociedade de Classes", de Florestan Fernandes
Centro de Humanidades – CH
Ciências Sociais
Disciplina: Antropologia III
Professor: Emanuel
Estudante: Thiago do Nascimento Silva
Resenha do Documentário “Zumbi Somos Nós” e comentários acerca do pensamento de Florestan Fernandes em sua obra “A Integração do Negro na Sociedade de Classes”
O Documentário “Zumbi Somos Nós”, produzido pelo Grupo 3 de Fevereiro surgiu a partir do assassinato de Flávio Santana. Negro, dentista, membro da “classe média” e namorado de uma mulher branca moradora de um condomínio de luxo, Flávio foi assassinado pela polícia militar do Estado de São Paulo ao ser confundido com um suspeito procurado. A partir do caso de Flávio, o documentário nos leva a refletir sobre o racismo na sociedade brasileira.
A sociedade é levada a pensar que o racismo se expressa apenas a partir da agressão verbal ou física, no entanto a discriminação no Brasil se institucionalizou após 400 anos de escravidão. Se antes, como nos mostra Florestan Fernandes, a população negra era tratada como propriedade privada e, consequentemente, possuía todas as características legais de um bem como outro qualquer, após o processo de abolição o Estado brasileiro não soube o que fazer com a imensa massa que compunha mais de 50% da sociedade.
Jogados aos guetos, sem oportunidades de emprego, ascensão social e jogados a marginalidade, o controle sobre a população negra se tornou uma preocupação dos sucessivos governos. Tal preocupação se refletiu na constituição e conduta das instituições brasileiras. A partir da análise de historiadores, antropólogos, sociólogos e militantes do movimento negro, o documentário começa por nos mostrar a principal expressão da institucionalização do racismo no Brasil: a polícia militar.
O caso de Flávio Santana, que aparentemente é uma exceção ou um simples desvio de conduta da polícia militar enquanto corporação, na verdade é uma constante de uma instituição que segue uma lógica na qual os suspeitos de