Resumo "A menina que roubava livros"
O mais incrível é que apesar da narradora, o livro não possui nenhum tipo de conteúdo sobrenatural ou fantástico. A parte referente à morte aumenta a profundidade da coisa toda porque faz as reflexões que em outro narrador seriam forçadas ou pediriam maiores explicações. Mas o simples fato de considerar a Morte como uma entidade nos leva a supor toda sua história através das eras e julgar seus argumentos como fruto da experiência de um imortal muito, muito velho.
E assim o livro começa: com a morte se apresentando.
A história se desenrola na Alemanha, no período nazista. A Morte conta que havia mantido contato direto com a menina Liesel, principal personagem do livro, em três ocasiões: na morte de seu irmão menor, quando estava para ser adotada; na morte de um piloto aéreo das forças inimigas, na presença de seu melhor amigo, Rudy; e na morte de seus pais, quando a rua em que moravam fora completamente destruída pelos bombardeios da guerra.
No início a Morte descreve com uma singeleza que beira a candura o seu trabalho, ao relatar como levou a alma do irmão de Liesel, quando eles estavam sendo levados para a adoção, dizendo que ao descer do trem “havia uma alminha em meus braços”. Em várias passagens a Morte expressa sua incompreensão referente as diferentes atitudes humanas, indo de um extremo ao outro. Neste momento a Morte também admitiu ter cometido o erro de se distrair, deixando-se levar pela curiosidade da história da Roubadora de Livros.
O primeiro livro, O Manual do Coveiro, ela roubara sem querer no enterro de seu irmão, aos nove anos de idade. O auxiliar de serviços funerários o deixou cair próximo ao túmulo e ela o ajuntou instintivamente, levando-o consigo. Passado o episódio da morte do irmão Liesel chega a sua nova casa, conhece seus pais adotivos, Hans e