analise antropologica do filme avatar
Filme Avatar retrata sob o ponto de vista antropológico, não somente a forma como povos nativos foram reprimidos, ameaçados e extinguidos física e culturalmente pelos povos de cultura branca dominante, como também todos os outros choques culturais que ocorrem quando dois povos de culturas diferentes entram em contato, seja com conseqüências e/ou objetivos positivos, como no caso do soldado Jake e dos cientistas, que buscavam aprender e ensinar de forma que as culturas se compreendessem; ou sendo de forma negativa, como a empresa e os soldados que acreditavam que a cultura e até os próprios nativos, eram inferiores a eles, que apenas atrapalhavam o progresso e os lucros e deveriam sair do caminho, fosse por bem ou fosse por mal, não se preocupando em destruí-los e a todo o mundo social deles.
Deixou-se de compreender algo que os nativos compreendiam, com a industrialização e as regras sociais da civilização, perdeu-se a ligação com a natureza, a essência primordial da própria vida humana, e por perder esse laço primitivo, desfez-se também o respeito por ela. É como se o homem se achasse o “ser supremo” que pode dominar e subordinar todos os outros que são considerados primitivos e inferiores, e se esquecendo de que tudo em nosso planeta é estabelecido de acordo com um equilíbrio, para os Na’vi este equilíbrio era mantido pela divindade Eywa, e se este equilíbrio for quebrado, todos, inclusive o homem, será afetado pelos seus efeitos, pois apesar de não termos uma “divindade” identificada que nos salvará imediatamente, a natureza irá trabalhar para restabelecer seu equilíbrio como sempre faz, e uma pequena mudança na natureza têm efeitos catastróficos na cadeia de seres vivos que dela dependem, como o homem. Obviamente, essa característica do homem não é amplamente generalizável, apesar de ser muito comum nos dias atuais.
O próprio laço entre os indivíduos humanos pode ser considerado rompido de certa forma, pois com a