RESUMO A IDEOLOGIA DO TRABALHO
No século XX, a preocupação com o desempenho humano no trabalho se exacerba e assume ares científicos. No final da década de 20 aparece a Escola de Relações Humanas, sustentada por teorias oriundas da psicologia e da sociologia de grupo enfatizando a produção em escala e a diminuição das faltas. Outro grande acontecimento desse século foi o advento do nazismo e do fascismo, com o Estado assumindo as rédeas da economia e, conseqüentemente, intervindo nos sindicatos e no dia-a-dia do trabalhador.
Causaram impacto também as revoluções socialistas, cujos regimes se autodenominavam "'ditadura do proletariado". No Brasil, fatos históricos dão mostras de como se difundiu o preconceito contra a imagem de um povo que não gostava de trabalhar, a começar pelos índios, vistos como preguiçosos e incapazes para o trabalho.
Ao entrar no século XX, o Brasil conta com uma ainda incipiente classe operária. De 1930 em diante, o Estado interfere de forma mais decisiva nas relações trabalhistas com o objetivo de controlar as entidades sindicais. Em 1968 trabalhadores ocupavam fábricas em Paris, exigiam reformas políticas em Praga, abandonavam o trabalho em pleno expediente em Detroit e faziam greves em São Paulo.
Pela veneração ao trabalho, os currículos escolares são alvo de alterações, não com a finalidade de formar cidadãos ou dotá-los de um pensamento crítico, mas de formar pessoas aptas para o trabalho e, se possível, adestrá-las para a formação de uma mão-de-obra dócil. Em uma sociedade onde a participação na abundância e o sucesso profissional são aspectos