Resumo - A geografia quantitativa
O autor fala que os métodos matemáticos são considerados como os mais precisos, os mais gerais e os mais dotados de um valor de previsão. Tudo isso seria obtido por uma combinação onde as análises de sistemas e os modelos e o uso de estatísticas seriam uma peça fundamental.
Segundo Chisholm, as raízes da quantificação em geografia não residem nas estatísticas modernas, mas na arte e na ciência da cartografia. Foi provavelmente sem ironia que o geógrafo teórico, não tem necessidade de ser originalmente um matemático ou um estatístico. E um outro, neste caso deliberadamente sardônico, diz que na realidade é comparativamente fácil em Geografia descrever padrões bastante complexos em termos matemáticos sem mesmo compreender os processos de base que intervêm.
Barry Ridell nota que os modelos de regressão estiveram entre os instrumentos mais utilizados na procura da compreensão dos processos espaciais complexos e multidimensional. A própria hipótese de base é falha. Um processo multidimensional não pode estar contido em um modelo linear porque não se trata aqui de procurar relações de causa e efeito mas de estabelecer a rede de causalidades em diferentes níveis, o que seria melhor chamar de contexto.
Max Sorre dizia que a geografia era uma meditação sobre a vida e não sobre a morte, e ele acrescentava que a morte era dada pelas aparências, pelas descrições meramente formais, as estatísticas alinhados pelo simples prazer de manipular números, as classificações com as quais se pretende aprisionar toda a realidade. O abuso das estatísticas foi também objeto de crítica. A.Cuvillier, um sociólogo nos lembra que jamais uma acumulação de dados brutos, jamais um simples registro de fatos particulares, constitui uma ciência.
Ian Burton classifica os adversários da geografia quantitativa em cinco grupos. O primeiro é a dos geógrafos que logo de saída recusam a revolução quantitativa e a consideram como capaz de levar a geografia por maus caminhos.