Resumo:A crise e a reestruturação do Estado-Nação
Muitos pesquisadores interpretam a criação do Estado moderno como um contrato entre cidadãos que se institucionaliza – cria uma instituição -, quando as partes renunciam porções de sua liberdade e recursos em troca, basicamente, de segurança (Muir, 1997). Segundo Taylor, com o aparecimento no século XVI da economia-mundo capitalista-mercantilista, a estruturação dos Estados ganha novo impulso diante da necessidade reforçada de ampliar e assegurar mercados.
Este impulso levou a organizar os Estados a partir de dois modelos básicos: o absolutista – presente na França, Suécia, Espanha ou Prússia – e as monarquias constitucionais – caso da Inglaterra e Holanda – (Held et al. 1999). Ambos os modelos, apesar de suas notáveis diferenças, compartilham elementos de centralização do poder, rompendo as estruturas feudais, e, sobretudo, assumem a responsabilidade não gratuita de defender os interesses econômicos do Estado.
Portanto, a partir do século XVIII o Estado é resultado e instrumento da modernidade, de uma nova estrutura não aristocrática, porém clássica; de uma cultura laica; de uma nova fé baseada na ciência, na razão e no processo; e de uma economia preparada para abrir caminho para a industrialização e ao capitalismo de mercado (Harvey, 1989; Wallertein, 1991).
A palavra Estado apresentam várias interpretações e sinônimos. O geógrafo Joan Eugeni Sànchez (1992), propõe quatro acepções básicas: