Crítica sobre o filme "O diário de um jornalista bêbado"

O diário de um jornalista bêbado se passa na década de 60 em porto rico, na primeira cena já se evidencia o problema de Paul Kemp (Johnny Depp) com o álcool. Kemp muda-se para porto rico para trabalhar em um jornal, o San Juan Star, no entanto chega em meio a uma crise onde os porto-riquenhos buscam direitos básicos. Em meio a essa desordem geral, Kemp se envolve com empresários que dizem tentar “realizar um sonho”, no entanto o que é sonho para eles, seria um pesadelo para a população local, um hotel seria construído, mas para que a obra pudesse ser feita, muitas pessoas teriam suas vidas destruídas, a população seria despejada de suas casas que mais parecem barracos. Kemp percebe isso a tempo e se vê entre duas opções, ajudar os empresários ou denunciá-los.
O filme prega um jornalismo sério, onde a denuncia de corrupção prevalece, no entanto, o protagonista não se manifesta a respeito de ajudar ou denunciar os empresários. Kemp, como é dito no filme, busca o “sonho americano”, no entanto, se vê em meio a um jornalismo falho e decadente.
O filme O diário de um jornalista bêbado retrata a ambição dos americanos, construindo verdadeiros paraísos ao lado de favelas, não ligando para a situação em que aquelas pessoas se encontram (como é até hoje), tratando os porto-riquenhos como um povo subdesenvolvido.
Como não se trata de uma superprodução, o filme é interessante até certo ponto, deixando a desejar em relação à emoção, um filme parado com algumas pitadas de humor e romance, tudo indicava que seria um filme sem graça alguma, no entanto, Johnny Depp, que, diga-se de passagem, não é qualquer um, consegue salvar um pouco o filme com sua atuação impecável, pontuando com seu jeito irônico e debochado, o mesmo utilizado em “Piratas do Caribe”. Mas o que poderia ser um filme com um final surpreendente acaba se tornando um final chato e sem emoção, por isso, “O diário de um jornalista bêbado” é um filme para aqueles dias de domingo à noite, onde você assiste sem