resumo vitruvio cap

O fato de a sombra de um gnômon ser diferente em lugares distintos pode ser explicado pela distância entre os diferentes pontos da terra. Os analemas (grafos da posição do sol num determinado lugar) são definidos pela magnitude das sombras equacionais , segundo a situação do lugar e a representação das sombras horárias dos gnômons.
O céu terá nas regiões setentrionais um centro mais elevado e nas regiões meridionais permanecerá em locais inferiores. Por meio desses polos forma-se a larga faixa dos doze signos cujas as constelações estão uniformemente distribuídas pelas doze regiões, que exprime uma configuração disposta pela natureza. Por ocasião do transcurso das estações do ano, esses astros ora são visíveis, ora não o são. Quando, por exemplo, seis desses signos percorrem o céu acima da terra, os demais estão passando por baixo dela. Isso porque uma força e necessidade única determinam que, de uma parte e de outra, uma parte se eleve e outra se oculte. Todavia, por serem esse signos em número de doze, ocupando cada um a duodécima parte do espaço, move-se continuamente do oriente para o ocidente, e, através deles em sentido contrário.
A Lua, as estrelas de Mercúrio e Vênus, o próprio Sol, é assim como Marte, Júpiter e Saturno, galgam de uma em uma, do oriente ao ocidente, orbitas de diferentes extensões, como se fossem degraus. A lua percorre uma orbita em vinte e oito dias, e perfaz um mês lunar quando, partindo de um determinado signo retorna a ele mesmo. O Sol, por sua vez, transita durante o mês em curso no espaço do signo correspondente à duodécima parte do firmamento. Assim percorrendo em doze meses os espaços dos doze signos, ao retornar ao signo onde iniciou sua órbita, terá perfeito o espaço de um ano corrente.
Júpiter, que se encontra entre Marte e Saturno, percorrendo uma orbita maior que a do primeiro, varre uma trajetória menor que a do segundo. Da mesma forma, os demais astros que estão a uma distância maior dos confins do espaço e possuem