Cruzamento de Vias Históricas de Alpedrinha
Citando José d'Encarnação: «No âmbito da História, como no das demais ciências, progride-se de acordo com uma teoria filosófica sobejamente conhecida: procede-se durante muito tempo à pormenorizada análise dos dados, que pouco a pouco se vão complementando até formarem um todo, que é a síntese. Síntese que, por seu turno, pela vitalidade que em si encerra, é promotora de novas análises, já com uma visão mais alargada, na consciencialização de aspectos até aí ignorados ou menosprezados, porque nunca haviam sido postos em conjunto. Novas análises, portanto, a desembocarem, necessariamente, em nova síntese. E assim se avança.» (in Encarnação, 2009)
Dificuldades
De entre os problemas encontrados para o seu estudo salientam-se os seguintes:
A vastidão e dispersão geográfica da rede viária, cobrindo a quase totalidade do território português.
A incerteza quanto à origem destas calçadas devido às sucessivas reparações ao longo dos últimos 2.000 anos.
O abandono e destruição a que estão votados estes vestígios arqueológicos.
Estado actual
O maior problema na definição dos itinerários é saber como «encaixar» os múltiplos troços espalhados pelo país no vasto sistema viário romano do qual ainda só se conhece uma pequena parte. Para além das vias principais mencionadas no Itinerário de Antonino, existiam uma grande quantidade de outras vias que interligavam oppida, vici e portus. Aliás, foi esta teia de comunicações que permitiu o grande desenvolvimento económico durante a época de